A aproximação da Universidade ao mundo empresarial gera sinergias e complementaridades que funcionam como mais-valias incontornáveis para ambas as partes. Os estudantes ganham com a aproximação ao tecido empresarial, nomeadamente através do confronto com problemas reais em contextos reais. Torna-se necessário criar oportunidades para que os estudantes possam, desde cedo, contribuírem para o desenvolvimento do tecido empresarial, em parcerias com instituições e empresas da região. As empresas ganham com a possibilidade de conhecer formas alternativas de lidar com os seus problemas, constrangimentos ou desafios, a baixos custo e com a garantia de serviços de qualidade.
A Universidade Lusófona, Centro Universitário do Porto, conta já com uma empresa júnior devidamente constituída: YES – Young Entrepreneur Society. É membro ativo da Junior Enterprises Portugal. O seu objetivo devidamente registado nos seus estatutos, é o de aproximar a comunidade académica e o mercado de trabalho, potenciando o tecido empresarial da região. São suas atribuições proporcionar um complemento prático ao conhecimento e práticas académicas, prestando consultoria empresarial, designadamente planos de negócio, planos de marketing, estudos de viabilidade, recrutamento e seleção, entre outros desafios. Uma outra área de atuação é o apoio à organização de eventos, nomeadamente secretariado, apoio logístico e apoio promocional.
A presente proposta passa por alargar o âmbito da YES – Young Entrepreneur Society a todas as áreas de conhecimento da oferta formativa da Universidade Lusófona, Centro Universitário do Porto, alargando o seu horizonte de ação e integrando novos membros. Assim, pretende-se que os estudantes tenham a possibilidade de colocar em prática os conhecimentos e competências que desenvolvem no processo de ensino/aprendizagem nos seus cursos, propiciando oportunidade únicas de integração teórico-prática (como apontado pelo Conselho Europeu, 2022).
A participação e as experiências vividas numa empresa júnior é uma característica diferenciadora do perfil curricular de um estudante universitário, sendo bastante valorizada aquando da sua integração no mundo do trabalho. Esta estará também facilitada por toda a rede de contatos que esta experiência permite construir. Assumir um papel real em contexto real de trabalho é, sem dúvida, uma mais‐valia de desenvolvimento que a participação em empresas juniores é capaz de proporcionar.
As empresas juniores são constituídas exclusivamente por estudantes do Ensino Superior organizadas numa associação civil com o intuito de realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento do país e formando profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo. O objetivo primeiro das empresas juniores é desenvolver pessoal e profissionalmente os seus membros através de uma ligação direta com o mundo do trabalho, realizando projetos e serviços na área de atuação dos cursos superiores aos quais a empresa júnior está vinculada.
Esta iniciativa pretende promover o desenvolvimento profissional, mas também pessoal e social dos estudantes, através da oferta de serviços de qualidade e a baixo custo ao mercado. Trata-se de trabalhar com exemplos práticos de desenvolvimento de competências de empreendedorismo, diretamente junto dos seus estudantes e indiretamente junto do tecido empresarial envolvido. Como numa empresa comum, a empresa júnior pode estar dividida em diversos departamentos: financeiro, comunicação, qualidade RH, marketing, etc., o que permite “experimentar” diferentes papéis e assim explorar as suas competências e aptidões de forma mais sustentada. Esse é o primeiro contato do estudante com o mercado de trabalho e com as funções exigidas pela sua profissão no futuro. A fim de garantir um excelente resultado, todo o trabalho executado deve ter o acompanhamento e a orientação de uma equipa docente que, numa perspetiva de tutoria, inspira, apoia e valida o trabalho desenvolvido.
Integrado no sistema interno de garantia da qualidade institucional serão acionados mecanismos de avaliação da satisfação dos atores envolvidos (estudantes, empresas clientes e docentes). A avaliação de impacto pretende focar os efeitos resultantes da implementação dessa intervenção num determinado local (empresa/organização) e das alterações comportamentais nos beneficiários finais (estudantes). Assim, será administrado um questionário de expectativas iniciais (pré-teste) e um questionário final (pós-teste) em que se avaliam a perceção dos seus impactos em termos de mais-valias para os diferentes atores envolvidos.