A Universidade Lusófona, Centro Universitário do Porto, insere-se num mundo globalizado e de elevada mobilidade humana. Cerca de 17% dos estudantes da Universidade são estudantes internacionais, especialmente oriundos de países de língua oficial Portuguesa. No âmbito dos grupos minoritários, a Universidade também tem contado com estudantes de etnia cigana matriculados em licenciaturas. Entre estes estudantes verificam-se dificuldades ao nível da língua, da aprendizagem, do conhecimento de diretos e de inclusão.
A necessidade de reconhecimento e a gestão positiva da diversidade cultural é também sentida pelos estudantes nacionais. Estes jovens tendem a coexistir no espaço académico, onde deve existir verdadeiros espaços de convivência e de desenvolvimento de projetos conjuntos. A capacidade das IES adotarem políticas e dinâmicas promotoras de interculturalidade para a inclusão dos estudantes apresenta-se como um desafio face aos relatos de vivências de exclusão académica (Coutinho et al., 2021, Conselho da Europa, 2022).
Importa, por isso, que estudantes, docentes e funcionários sejam sensibilizados para a interculturalidade (Conselho da Europa, 2022). A Universidade deve ser laboratório de gestão positiva da interculturalidade e de promoção de inclusão cultural. Trata-se de potenciar posições de igualdade, de diálogo e negociação e, por conseguinte, a aceitação das partes envolvidas como interlocutores válidos (Gimenez, 2010). Trata-se ainda de fazer cumprir o reconhecimento da diversidade, através do respeito e da prática dos princípios da igualdade e da diferença, mas também, e, sobretudo, do princípio da interação positiva. A interculturalidade é uma das áreas de intervenção destacadas pelo Conselho da Europa (2022). É um paradigma que fomenta o compartilhamento de saberes, conhecimentos e experiências, gerando aprendizagens e mútuo reconhecimento sociocultural (Pozzer; Cecchetti & Díaz, 2021).
A presente atividade inicia com uma proposta de diagnóstico sobre a interculturalidade na universidade, que permita conhecer as perceções, o conhecimento e os desafios que estudantes, professores e funcionários apontam acerca da gestão da diversidade cultural. Tendo por base os resultados do diagnóstico, organizar-se-á um conjunto de workshops para sensibilizar e formar os diversos elementos da comunidade académica em temas associados à interculturalidade.
Os workshops terão uma duração, no mínimo de 2 horas e serão dinamizados por especialistas ou representantes líderes das várias culturas de países terceiros existentes na Universidade. Para cada workshop serão criados materiais sobre o tema a desenvolver (eflyers, podcasts, notícias, dossies sobre a temática, etc). As sessões serão realizadas ao longo do ano letivo, em formato presencial ou online. Nos workshops deverão participar estudantes, professores (das várias faculdades) e funcionários, devendo ainda incluir elementos da sociedade civil, com por exemplo: representantes diplomáticos em Portugal, associações, membros de outras IES, estudantes e professores do ensino secundário, empresas, etc.
Em suma, com esta atividade visa-se que os estudantes reconheçam a universidade como cosmopolita, acolhedora e promotora da interculturalidade, contribuindo dessa forma para o aumento de jovens a entrar para a universidade.
Para o estudo de diagnóstico inicial será elaborado um inquérito por questionário (online), aplicado a estudantes, professores e funcionários, composto por um conjunto de questões sobre o conhecimento da diversidade cultural na universidade, projetos e atividades interculturais e a inclusão na universidade. Nos workshops serão adotadas metodologias participativas, envolvendo vários atores do contexto universitário. A estes caberá participar na organização dos workshops, através, por exemplo, da seleção do tema do evento e dos oradores, e como participantes ativos, dinamizando no debate. Propõe um trabalho trabalho colaborativo, em equipa multicultural e transversal a várias áreas científicas.
No final do ano letivo será aplicado um questionário (online) aos estudantes, professores e funcionários que participarão nos workshops sobre o impacto destas atividades no reconhecimento e gestão de diversidade cultural e na promoção de competências interculturais. Também que será elaborado um relatório referente ao funcionamento desta atividade, que compreenda os resultados obtidos através dos questionários e evidências resultantes da intervenção.
No âmbito do Inovar & Capacitar foi realizada uma sessão de sensibilização que reuniu docentes das várias faculdades da ULusófona – Centro Universitário do Porto.
Colaboradores/as e estudantes também estiveram presentes na sessão da atividade “Inclusão e Interculturalidade” integrada no Projeto.
No seguimento da Ação de Sensibilização, realizada no dia 14 de fevereiro, dinamizou-se no passado dia 24 de fevereiro, um Grupo de Discussão Focalizada com Colaboradores da Universidade Lusófona – Centro Universitário do Porto (CUP).
No passado dia 25 de fevereiro, a equipa do projeto Inovar & Capacitar marcou presença no 1º Encontro Nacional: “Repensar a Vida Académica: Integração e Cooperação dos Estudantes Universitários da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP”, organizado pelo LABIC (Laboratório da cidadania intercultural) na Universidade de Aveiro.
A Universidade Lusófona – Centro Universitário do Porto apresentou a atividade “Inclusão e Interculturalidade”, integrada no Projeto Inovar & Capacitar, no encontro do Consórcio Erasmus+ CreE.A – UPEC, dedicado à mediação social, que se realizou em Madrid, no dia 30 de março de 2023.